"ROME, BEFORE CHRIST AFTER FELLINI"
Baseando-se na peça homônima Satyricon de Petronios, Fellini presenteia os cinéfilos com mais uma obra-prima.
Deixemos a moral e o lógico de lado para conseguirmos mergulhar de cabeça no lisérgico mundo proposto por Fellini, Satyricon estreou em 1969, produzido então em 1968, quando bordões como “Peace & Love” e “Dans La rue” estavam em voga. (engraçado, é o terceiro filme produzido em 68 que eu comento desde que abri o blog, pura coincidência!)
O filme é formado por episódios aparentemente desconexos com a única função de narrar o dia-dia da Roma antiga. Encolpio e Ascilto disputam o amor do escravo Giton, quando Encolpio é rejeitado ele começa uma jornada em busca do seu amor, segue por caminhos escuros e exentricos e nessa jornada depara-se com todos os tipos de pessoas e acontecimentos, orgias regadas à vinho e comidas exóticas, desfiles de prostitutas, enterros de reis e até uma luta com o mítico minotauro.
A fotografia e o figurino são de encher os olhos,uma mistura louca de afrescos romanos, com Pop-art e carnaval. A trilha poderosa é assinada por Nino Roti. E o filme dialoga principalmente com a dualidade, e as variações das relações masculinas em todas as suas manifestações, seja ela, homo afetiva, erótica ou homossexual.
Satyricon é uma declaração escancarada do prazer, uma ode ao dionisíaco, à boa mesa, ao bom vinho e ao bom sexo.
ACHO DIGNO!
A paleta de cores utilizada por Fellini
Satyricon é sem dúvida um de seus filmes mais ousados
Os belos corpos (off course)
Nome: Satyricon
Direção: Federico Fellini
Pais: Italia/ França
Ano: 1969
Duração: 128 min.
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