terça-feira, 30 de novembro de 2010

Momento Maysa



Existem momentos em que Maysa se torna sentimentalmente necessária pra mim, hoje é um dia daqueles, daqueles que você não conta, não espera, de repente tudo oscila, da fragil calmaria para uma tempestuosa amargura, destempero bi-polar que me mata pouco a pouco, dia após dia.
Estou fragilizado emocionalmente e assumo isso sem pudores, assumo e reconheço que apesar da fragilidade sempre tento esconder e dissimular minhas mudanças para que o conto de fadas que eu mesmo criei ao meu redor não ceda, tenho medo do dia de amahã, acordar numa cama vazia mesmo que não esteja acordando sozinho.
Sinto que o amor se distancia e retorna com a mesma velocidade de mim, uma hora o tenho por inteiro, corpo, alma, poros e resperiração, sua pele e seu espirito me pertencem, sou eu mais o resultado da soma dele dentro de mim. Mas as vezes meu amor escorre dos meus dedos, deixando um rastro de hábitos pela casa e o cheiro de biscoito que desprende dos seus ombros suspensos sobre nós, e me resta me arrojar na parede, engolir o choro para que a discussão não se estenda, calar, relevar, sou a pessoa mais feliz e a mais triste também. Sei que tenho os meus defeitos e diáriamente sou minha própria vítima.

Um amor que preenche e esgota ao mesmo tempo, a inconstancia de seus pensamentos, sua distância...me maltratam e me consomem como um cigarro ascesso sem vontade. Escrevo agora para me livrar da dor que me come...para que eu possa avaliar os fatos, e me acalme, estou morrendo por dentro, uma forma de suicídio concordo, lento e profundo, feito com bisturi sobre os flancos brancos.
Por que o amor é tão complicado afinal, porque é tão difícil pra ele aceitar que as diferenças entre nós não se resume há nossa idade? Nunca tive um relacionamento tão intenso como esse que vivo no presente momento, acho que ele também não...espero que ele se esforce e demonstre compreensão sobre nossas diferenças, eu tenho minha vida, ele tem a dele, e nós temos uma vida em comum que precisa ser preservada e respeitada acima de tudo. Espero sinceramente que tudo se ajeite afinal, tenho planos pra nós, gosto muito de sua compahia, ouso dizer até que possa ser amor. (por que não? não é apenas carinho, amizade ou então só sexo, o que sinto dessa vez é um conjunto de sentimentos) Espero que ele finalmente descubra que não existe nada entre nós além de um medo torpe e protecionista de me perder.
Sem mais, vestirei minha máscara da constante-felicidade e sairei de casa antes que São Paulo decida chover, não esquecerei de levar junto minha armadura do "Não foi nada" ou "Está tudo bem" para que ninguém me pegue de surpresa.

LORD BYRON- EUTANÀSIA-

Byron é considerado, na literatura inglesa, um gênio poético e um dos principais representantes do romantismo inglês. Seus poemas são carregados de inspiração exaltada, crítica social, impetuosa e violenta. Apresentam temas ligados à tristeza humana e melancolia. Seu primeiro livro de poemas foi “Horas de lazer”, escrito em 1807.

Fez muitas viagens, que o inspiraram, para cidades da Espanha, Grécia, Malta, Suíça, Itália e Albânia. Em Genebra, viveu com Claire Clairmont com quem teve uma filha, em 1817, chamada Allegra.

Byron era aleijado de um pé. Morou um tempo em Lisboa, porém uma situação desagradável o indispôs contra os portugueses. Foi morar no Oriente, em seus últimos anos de vida. Morreu em Missolonghi no dia 19 de abril de 1824, depois de uma tumultuada vida de escandalosos envolvimentos e boemia.


Eutanásia

Tradução de João Cardoso de Menezes e Souza
(Barão de Paranapiacaba).


Quando o tempo me houver trazido esse momento,
Do dormir, sem sonhar que, extremo, nos invade,
Em meu leito de morte ondule, Esquecimento,
De teu sutil adejo a langue suavidade!

Não quero ver ninguém ao pé de mim carpindo,
Herdeiros, espreitando o meu supremo anseio;
Mulher, que, por decoro, a coma desparzindo,
Sinta ou finja que a dor lhe estará rasgando o seio.

Desejo ir em silêncio ao fúnebre jazigo,
Sem luto oficial, sem préstito faustoso.
Receio a placidez quebrar de um peito amigo,
Ou furtar-lhe, sequer, um breve espaço ao gozo.

Só amor logrará (se nobre à dor se esquive,
E consiga, no lance, inúteis ais calar),
No que se vai finar, na que lhe sobrevive,
Pela vez derradeira, o seu poder mostrar.

Feliz se essas feições, gentis, sempre serenas,
Contemplasse, até vir a triste despedida!
Esquecendo, talvez, as infligidas penas,
Pudera a própria Dor sorrir-te, alma querida.

Ah! Se o alento vital se nos afrouxa, inerte,
A mulher para nós contrai o coração!
Iludem-nos na vida as lágrimas, que verte,
E agravam ao que expira a mágoa e enervação.

Praz-me que a sós me fira o golpe inevitável,
Sem que me siga adeus, ou ai desolador.
Muita vida há ceifado a morte inexorável
Com fugaz sofrimento, ou sem nenhuma dor.

Morrer! Alhures ir... Aonde? Ao paradeiro
Para o qual tudo foi e onde tudo irá ter!
Ser, outra vez, o nada; o que já fui, primeiro
Que abrolhasse à existência e ao vivo padecer!...

Contadas do viver as horas de ventura
E as que, isentas da dor, do mundo hajam corrido,
Em qualquer condição, a humana criatura
Dirá: "Melhor me fora o nunca haver nascido


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Portifólio- PIERRE VERGER-

Pierre Verger, Francês nascido em 1902, fotógrafo por profissão, desembarcou no pós-guerra de 1946  na Bahia de todos os Santos, que era toda tranquilidade e mistério.Essas fotos que separei representam apenas uma pequena parcela do interessante registro fotográfico que Verger fez na época, o riso, o abandono do pudor e o balanço natural do povo baiano parece ter sido captado por uas lentes como mágica, apaixonou-se tanto pelos ritos afro que dedicou o resto da sua vida para pesquisa-los, em 1956 ganhou uma bolsa de estudos para àfrica para dedicar-se às tradiçoes da oralidade Yorubá. mas a saudade da Bahia o fez retornar em breve, lugar esse onde o fotógrafo viveu até o ano de 1996, quando finalmente morreu.








segunda-feira, 22 de novembro de 2010

VIRGINIA WOOLF



Comecei a ler “As ondas” hoje, considerado por alguns especialistas como sua obra-prima (o que é bem difícil de classificar né!), recebeu desde 1931,ano em que foi lançado, o reconhecimento unanime de outros escritores de sua época.
Desde o começo percebemos que não existe uma história, seus seis personagens são na verdade seis almas que buscam freneticamente a compreensão de si, é muito radical até se comparado à Mrs. Dalloway por exemplo em que um tênue fio de narrativa ainda existia. As seis personagens são descritas como seis tons musicais em desarmonia, seis vozes que não conseguem encontrar seu ponto de repouso.
No dia 28 de março de 1941, depois de um colapso nervoso, Virginia decidiu se matar, vestiu um casaco, encheu os bolsos com pedras e entrou no rio perto de sua casa, seu corpo foi encontrado muitos dias depois.

O último bilhete de Virginia Woolf para o marido:

“Querido,
Tenho certeza de estar ficando louca novamente. Sinto que não conseguiremos passar por novos tempos difíceis. E não quero revivê-los. Começo a escutar vozes e não consigo me concentrar. Portanto, estou fazendo o que me parece ser o melhor a se fazer. Você me deu muitas possibilidades de ser feliz. Você esteve presente como nenhum outro. Não creio que duas pessoas possam ser felizes convivendo com esta doença terrível. Não posso mais lutar. Sei que estarei tirando um peso de suas costas, pois, sem mim, você poderá trabalhar. E você vai, eu sei. Você vê, não consigo sequer escrever. Nem ler. Enfim, o que quero dizer é que é a você que eu devo toda minha felicidade. Você foi bom para mim, como ninguém poderia ter sido. Eu queria dizer isto - todos sabem. Se alguém pudesse me salvar, este alguém seria você. Tudo se foi para mim mas o que ficará é a certeza da sua bondade, sem igual. Não posso atrapalhar sua vida. Não mais. Não acredito que duas pessoas poderiam ter sido tão felizes quanto nós fomos.

V.”

domingo, 21 de novembro de 2010

MARIA BETHANIA - JEITO ESTUPIDO DE TE AMAR



(ando meio Bethania ultimamente, não sei o que me dá, pra mim a mais digna Drama Queen da música brasileira,sem esquecer da Rô RÔ é claro,  vi dia desses uma entrevista muito bonita dela falando do espetáculo que está fazendo, agora quem é que nunca se rasgou ouvindo Bethanis, rsrsrs que atire a primeira pedra.)


Eu sei que eu tenho um jeito
Meio estúpido de ser
E de dizer coisas que podem magoar e te ofender
Mas cada um tem o seu jeito
Todo próprio de amar e de se defender
Você me acusa e só me preocupa
Agrava mais e mais a minha culpa
Eu faço, e desfaço, contrafeito
O meu defeito é te amar demais
Palavras são palavras
E a gente nem percebe o que disse sem querer
E o que deixou pra depois
Mais o importante é perceber
Que a nossa vida em comum
Depende só e unicamente de nós dois
Eu tento achar um jeito de explicar
Você bem que podia me aceitar
Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser
Mas é assim que eu sei te amar

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Grace Jones -Glamour Girl



OK antes do Gagaísmo tomar conta da cultura pop, antes de Madonna cantar Like a Virgin, antes até de Cher cantar “Belive” existiu Grace Jones, Grace foi um dos símbolos mais marcantes de NYC das décadas de 70 e 80, sempre às voltas com Andy Warholl, Bowie e Stanley Arias aos poucos a modelo jamaicana que nasceu em 48 ganhou muito mais que as passarelas. Freqüentadora assídua do 54 studio, no final da década de 70 absorvida pela postura Disco/New wave e modelo de contestação e ousadia para todo o efervescente público gay da cidade, Jones gravou seu primeiro álbum.
Desde então, não parou mais. O visual masculino de Grace Jones, que inclui vestimentas, maneiras e estatura (1,79m), foi uma grande influência no movimento "power dressing" dos anos 80, e também em artistas como  Annie Lennox do Roxtte e de Claudie do Disereless. Ela também exemplificou o corte de cabelo em "caixa" dos anos 70, que seria usado em seguida por muitos negros da América na próxima década. Ela manteve uma carreira de atriz em paralelo com a sua música. Sua forte presença e visual foram levados ao seu trabalho de palco rapidamente: Suas performances mostraram diversas personagens com roupas peculiares e forte atitude. Um bom exemplo disso foi a sua colaboração com o artista visual Keith Haring, que pintou o seu corpo com símbolos tribais e a vestiu com uma armadura de fios. O artista também pintou o corpo de Jones no clipe de I'm Not Perfect.
(keith haring & jones)


(Warholl)


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

FLORBELA ESPANCA - SONETOS-

Parece ue foi ontem até, Florbela foi o meu primeiro contato com a poesia em sua forma pura e simboliste, pra mim antes de Baudelaire, Rimbaud, Álvares, Cruz e Sousa existiu Florbela, estava na quarta série do primário e uma professora me emprestou os livros, "Livro das Mágoas" e "Charneca em Flor" posso dizer que eles foram exemplares na minha educação literária. Quem não a conhece, bom, já é hora não é!?



VAIDADESonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!

Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!

Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada!

E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho...E não sou nada!...

EUEu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...

Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!

FUMO
Longe de ti são ermos os caminhos,
Longe de ti não há luar nem rosas,
Longe de ti há noites silenciosas,
Há dias sem calor, beirais sem ninhos!

Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Perdidos pelas noites invernosas...
Abertos, sonham mãos cariciosas,
Tuas mãos doces, plenas de carinhos!

Os dias são Outonos: choram...choram....
Há crisântemos roxos que descoram...
Há murmúrios dolentes de segredos....

Invoco o nosso amor sonho! Estendo os braços!
E ele é, ó meu Amor, pelos espaços,
Fumo leve que foge entre os meus dedos!...

HORAS RUBRAS

Horas profundas, lentas e caladas,
Feitas de beijos sensuais e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas...

Oiço as olaias rindo desgrenhadas...
Tombam astros em fogo, astros dementes,
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata plas estradas...

Os meus lábios são brancos como lagos...
Os meus braços são leves como afagos...
Vestiu-os o luar de sedas puras...

Sou chama e neve branca e misteriosa...
E sou, talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras!

AARON HAWKS- portifolio-







sábado, 13 de novembro de 2010

Rio Babilônia (Neville D Almeida) 1982-REVIEW-




SEXO, SUOR, CERVEJA & COCAÍNA

O relações públicas Marciano é contratado para recepcionar o rico fazendeiro matogrossense Liberato. Em meio a festas e orgias ele conhece a jornalista Vera Moreira e acaba descobrindo que seu cliente está envolvido com o Tráfico internacional de ouro. Esse é o argumento principal da fita, Desculpa para que afinal ? Muuuuuuuito sexo!!!!!!!!
O filme é assinado por Neville de Almeida, o mesmo do famoso e rentavel (A Dama do lotação) o ano é 1982, e se tornou um HIT entre os adolescentes da época e ainda era comentadissimo nas décadas que se seguiu sendo reprisado de madrugada na TV, com suas cenas de PORN CHIC nada sutis e consumo exacerbado de cocaína.
Gosto muito do filme, apesar de sua trilha as vezes destoante e das cenas de sexo levadas à sério demais talvez (sem moralismo nenhum tá!)
Acho que Rio Babilônia é um desprendimento sincero de Neville às recentes adaptações de Nelson Rodrigues que o perseguirão para o resto da vida. A fita possui uma energia própria, elétrica e a história é povoada de personagens riquissimas, infelizmente não tão bem explorados durante o percurso. Como por exemplo, D. Zica, como a mãe de um traficante, Norma Bengell como uma cafetina, Antônio Pitanga como sambista etc..
Acho injusto o rótulo de alguns cínicos de que “Rio Babilônia é uma putaria só”, acho que o filme é muito mais que isso, são nítidas as cenas de forte apelo sexual, mas o olhar do diretor que nos conduz das festa High Socity para uma Lixo Tour no morro carioca do inicio dos anos 80, é de uma crueza quase documental.
“Rio Babilônia” em sua fragilidade de roteiro e em suas cenas explicitas se propõe em nos apresentar o Rio de Janeiro no início de sua subcultura de pó e guerrilha, numa época que o Peace and Love ainda estavam em voga, e o mundo vivia a liberdade sexual pré- aids.



ACHO DIGNO
Jardel Filho em seu último filme, sendo comido por um travesti.
As fotos coloridíssimas
A música tema (Rio Babilônia uoooooouuuuu!)

Nome: Rio Babilônia
Direção: Neville D Almeida
Ano: 1982
Pais: Brasil
Elenco: Jardel Filho
              Cristiane Torlonni
              Norma Bengell
    Joel Barcellos
    Paulo César Peréio
   Denise Dummont

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Grito - Amália Rodrigues



GRITO- (Amália Rodrigues)

Silêncio!
Do silêncio faço um grito
O corpo todo me dói
Deixai-me chorar um pouco.
De sombra a sombra
Há um Céu...tão recolhido...
De sombra a sombra
Já lhe perdi o sentido.
Ao céu!
Aqui me falta a luz
Aqui me falta uma estrela
Chora-se mais
Quando se vive atrás dela.
E eu,
A quem o céu esqueceu
Sou a que o mundo perdeu
Só choro agora
Que quem morre já não chora.
Solidão!
Que nem mesmo essa é inteira...
Há sempre uma companheira
Uma profunda amargura.
Ai, solidão
Quem fora escorpião
Ai! solidão
E se mordera a cabeça!
Adeus
Já fui para além da vida
Do que já fui tenho sede
Sou sombra triste
Encostada a uma parede.
Adeus,
Vida que tanto duras
Vem morte que tanto tardas
Ai, como dói
A solidão quase loucura.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

GAY ICON (PETER BERLIN) PICTURES & STORY

Fotógrafo, modelo, Gay Icon da contracultura dos 70`s “That Man is Peter Berlin”
Qualquer amante do underground já deve ter se deparado com seus populares auto-retratos, mas quem é a pessoa escondida atrás de todo esse fetichismo?
Peter Berlin como o próprio nome já diz é Alemão, filho de uma família tradicional da capital, sempre foi genioso, causava comoção ao circular entre os bares e os gueto undergrounds da época com suas roupas coladas, valorizando suas formas esculturais e seus “atributos”.
Loiro, alto, esculpido, aos poucos Peter foi tornando-se um mito entre os alemães, quando sua fama chegou aos EUA, o garoto bonito da Bavária ganhou o mundo, caindo nas graças de estilistas, diretores alternativos e ícones do POP  (Warholl & John Waters)
Seu nome causava tanto furor entre a contracultura que foi convidado à criar coleções inspiradas em seus figurinos, roupas essas que povoam o imaginário homoerótico até hoje, seus fãs sempre  sonharam em ser ele, mas ele se negou, não queria misturar as coisas, era um fotógrafo, apenas isso (AHHHHH Ta boa!)






O que poucos sabem:
Ele ainda está vivo, mora atualmente na capital alemã e dizem q ainda é bonitão
Foi modelo do celebrado catálogo de “Tom of Finland”
Ficou mais de 30 anos casado nos EUA, só não ficou mais porque seu parceiro morreu

domingo, 7 de novembro de 2010

Past Diva (SOLEDAD MIRANDA) SCREAM QUEEN

                                                             (Eugenie de Sade)
                                                     (Eugenie de Sade)
Quando me perguntam “Qual é sua atriz preferida?” penso duas vezes e não respondo Soledad Miranda, por quê? Porque provavelmente só eu a conheço. Você por acaso a conhece? Um doce para quem diser que sim.
Soledad chamava-se Soledad Redon Bueno e nasceu em Sevilla em 1943 e foi musa absoluta do diretor trash Jess Franco que a descobriu quando ela tinha apenas 16 anos e ofereceu um papel no filme “La reina Del Tabarín” de 1960
Em "El Conde Drácula", de 1969, adotou o nome artístico de Susann Korda para preservar a sua vida privada, pois nessa época Soledad já estava casada e tinha um filho.
Christopher Lee vive no filme, pela centésima vez, o papel do conde. Desta vez porém, como em todos os filmes de Franco, o orçamento era baixissimo. Depois de chupar o sangue de Soledad no filme, Lee, que já mordera mais pescoços em sua carreira do que era capaz de lembrar, disse a Franco:
"Eu já fiz essa cena inúmeras vezes, mas esta mulher está me dando algo que nenhuma atriz jamais me deu".



Nascia uma lenda chamada Soledad Miranda, uma Scream Queen digna de Hitchcok e Wes Craven (gostem ou não de Craven) que com a popularidade do material de Franco que está se digitalizando para o formato do DVD volta com todo o status de Past- Diva cult que sempre mereceu.
Franco dirigiu mais seis filmes com Soledad. Quem já assistiu alguma coisa do cineasta sabe que ele pode ser sublime num momento de inspiração como também pode ser catastrófico e sofrível quando não está, é de praxe ver cenas incríveis e péssimas marcações num mesmo filme por exemplo.
"Eugénie de Sade", "Vampyros Lesbos" (adoroooooo) e "Ela matou em extase" são os três melhores filmes que ele dirigiu com Soledad
Quando "Vampyros Lesbos" estreou em Berlim, em 1971, fez um grande sucesso. Não tanto pelo filme, mas por Soledad. Franco foi visitá-la em Lisboa, onde ela morava. Levou consigo um produtor alemão, que ofereceu a Soledad um contrato de dois anos para atuar em grandes produções.
No dia seguinte, enquanto o contrato estava sendo redigido na Alemanha, Soledad Miranda sofreu um acidente de carro no Estoril. Morreu aos 27 anos. Franco nunca se recuperou da morte de sua musa. Assim como fez Alfred Hitchcock ao perder Grace Kelly para a realeza, Franco procurou em outras actrizes a reencarnação de Soledad.
(Vampyros Lesbos)
(Vampyros Lesbos)

                                                          (Ela matou em ecstasy cover )
ACHO DIGNO!!!
Sua sensualidade apurada ao mesmo tempo que natural
Seu olhar
Suas pernas (UI)
A entrega (como atriz) ela realmente acreditava no trabalho de Franco
70`s Porno-chic style

Striptease de Soledad Miranda

sábado, 6 de novembro de 2010

Satyricon (Federico Fellini) 1969 -REVIEW-

"ROME, BEFORE CHRIST AFTER FELLINI"




Baseando-se na peça homônima Satyricon de Petronios, Fellini presenteia os cinéfilos com mais uma obra-prima.
Deixemos a moral e o lógico de lado para conseguirmos mergulhar de cabeça no lisérgico mundo proposto por Fellini, Satyricon estreou em 1969, produzido então em 1968, quando bordões como “Peace & Love” e “Dans La rue” estavam em voga. (engraçado, é o terceiro filme produzido em 68 que eu comento desde que abri o blog, pura coincidência!)
O filme é formado por episódios aparentemente desconexos com a única função de narrar o dia-dia da Roma antiga. Encolpio e Ascilto disputam o amor do escravo Giton, quando Encolpio é rejeitado ele começa uma jornada em busca do seu amor, segue por caminhos escuros e exentricos e nessa jornada depara-se com todos os tipos de pessoas e acontecimentos, orgias regadas à vinho e comidas exóticas, desfiles de prostitutas, enterros de reis e até uma luta com o mítico minotauro.
A fotografia e o figurino são de encher os olhos,uma mistura louca de afrescos romanos, com Pop-art e carnaval.  A trilha poderosa é assinada por Nino Roti. E o filme dialoga principalmente com a dualidade, e as variações das relações masculinas em todas as suas manifestações, seja ela, homo afetiva, erótica ou homossexual.
Satyricon é uma declaração escancarada do prazer, uma ode ao dionisíaco, à boa mesa, ao bom vinho e ao bom sexo.


ACHO DIGNO!
A paleta de cores utilizada por Fellini
Satyricon é sem dúvida um de seus filmes mais ousados
Os belos corpos (off course)


Nome: Satyricon
Direção: Federico Fellini
Pais: Italia/ França
Ano: 1969
Duração: 128 min.

Fellini Satyricon - cena-

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A historia de O (Pauline Réage) 1954 -Book Review-

“ Your hands are not your own, nor are your breasts, nor, most especially, any of your bodily orifices, which we may explore or penetrate at will. You will remember at all times - or as constantly as possible - that you have lost all right to privacy or concealment, and as a reminder of this fact, in our presence you will never close your lips completely, or cross your legs, or press your knees together”



"O" é uma mulher livre e independente, que é levada por seu amante René a um castelo situado em Roissy, perto deParis, onde ela se torna uma escravade René e outros homens. No castelo, "O" é marcada a ferro quente com as iniciais de seu mestre e é submetida, por sua própria vontade e consentimento, a uma variedade de práticas sexuais sádicas.
A "O",é uma fotógrafa de modaparisiense bem sucedida quese deixa levar sem resistência por seu amante René ao isolado castelo de Roissy. Roissy é uma propriedade particular; no seu interior muitas mulheres são educadas para serem submissas à vontade dos homens. "O" deixa-se ensinar das artes do masoquismo e da submissão extrema. Como parte de seu treinamento, ela é amarrada, chicoteada, mascerada e aprende  ser a qualquer momento e para todos sexualmente disponível.
Depois de completar sua formação no castelo, ela, como mais uma prova do amor, concorda com o pedido de René para viver temporariamente com um amigo paternal dele, Sir Stephen, e se submete incondicionalmente aos desejos dele. Sir Stephen revela-se ainda mais dominante que René, por isso O apaixona-se por ele. Como prova final de seu amor, ela passa por um treinamento ainda mais rigoroso, em um lugar habitado e gerenciado exclusivamente por mulheres, denominada Samois. Lá, ela concorda em obter uma marca de ferrete e um piercing em forma de anéis na vagina, como o sinal definitivo de sua submissão.

Tudo é descrito na perspectiva da heroína, cuja vida interior é retratado de uma maneira sutil, sem ser avaliada moralmente ou psicologicamente. É famosa uma cena de violação e tortura em que ela repara que os chinelos de seu amante são gastos e ela teria na próxima oportunidade adquirir novos. Na linguagem e estilo, a obra fica na tradição da literatura clássicafrancesa. Apesar da temática o livro é escrito sem palavras obscenas.
O livro provocou fortes reações do público e da crítica, e recebeu o prêmio de literatura erótica Les Deux-Magots, em 1955
Pra quem já é iniciado na literatura erótica (sade, Masoch, Nin) não vai se espantar com a trajetória de “O”, acho que anos antes das queimas de sutiãn o livro sofreu tantos boicotes por ter sido mal interpretado, “O” gosta de ser submissa, seu desejo está em primeiro lugar e ela é que toma as rédeas da situação e faz suas decisões por mais escuras que possam parecer.
Em 1975 Just jackein (o mesmo de Emanuelle), dirigiu o longa baseado no livro, talvez se Couzolt tivesse dirigido o resultado final seria outro

pesquisa: Wikkipédia

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Past-Diva (BETTIE PAGE)

Tentou ser atriz, tentou ser modelo...mas virou a “Bondage Queen” mais famosa de todos os tempos, Sras. e Srs. a Srta. Bettie Mae Page



Juventude
Betty Mae Page foi a segunda de seis filhos de Walter Roy Page e a Edna Mae Pirtle. A família vivia em condicões financeiras precárias não repousando por muito tempo no mesmo lugar, com a queda da bolsa em 29 a situacão piorou. Os pais se divorciaram em 1932. No ano anterior Walter havia sido preso por alcoolismo e desordem. Edna Pirtle se estabeleceu em dois empregos, enviando Bettie e duas de suas irmãs para um orfanato por um ano. Aos quinze anos de idade Bettie foi violentada pelo próprio pai, quando ele havia voltado a morar com a família. Em idade tenra, Page conheceu responsabilidades duras e aprendeu a tomar suas próprias decisões.
Entre o coro da igreja e o salão de beleza que Edna trabalhava, Bettie mantinha seu tempo costurando. Bettie foi considerada uma estudante excepcional. Mostrou sempre interesse pelo cinema e a vida de modelo. Coordenou o grupo de arte dramática e se formou bacharel em Artes no Peabody College em1943.
No mesmo ano, casa-se com Billy Neal, seu namorado. Mudam-se paraSão Francisco

Carreira
Em São Francisco obteve seu primeiro trabalho como modelo. Ainda com Neal, viaja para o Taiti, onde é revelado um mundo exótico, muito explorado pela arte em volta do ícone Bettie Page, as mulheres morenas de sol. Assim como Luz del Fuego, Bettie passou tomar banhos de sol nua ou mesmo se exercitar. Com cinco anos de casada, divorcia-se de Neal e muda-se novamente, dessa vez paraNova Iorque. Passeando em Coney Island, conhece o policial Jerry Tibbs, por volta de 1950 Tibbs era também fotógrafo amador, ele cria a”PIN UP” Bettie. Ele mencionaria que sua testa era larga demais pra usar o cabelo partido ao meio. Bettie eterniza a franja convexa lisa.
Bettie interveio na moda. Criou seus maios e biquinis e a tanga clássica de oncinha.
Mas apenas os fotógrafos Irving Klaw e Bunny Yeager imortalizariam a pin up Bettie Page. Bettie há muito havia trocado a cadeira de secretária pela vida de modelo. Os horários eram independentes, a carga horária menor e o sálario maior. Quando ela resolveu posar para Klaw aceitou o contrato dele que afirmava que o pagamento só seria disponível mediante poses com BONDAGE.

Aposentadoria
Casa-se novamente, com Armand Walterson, e em 1958 desaparece da vida pública sem uma razão definida. Alguns culpam o caso Kefauver x Klaw outros atribuem ao casamento com Walterson. Sabe-se que após seu casamento com Walterson, Bettie tornou-se numa devotada religiosa.
Sua última entrevista foi em 1988, focada em aspectos do divórcio com Walterson.
Faleceu aos 85 anos, em 11 de dezembro de 2008, de pneumunia, uma semana após sofrer um ataque cardíaco do qual não recobrara a consciência, entrando em coma.

Oque muita gente não sabe:
É que Bettie Page sempre foi cristã e a opinião de Deus sobre sua carreira e suas ações a preocupava muito.
Recusou-se dormir com muitos produtores e diretores, por não achar “direito”
Fazia aulas de teatro em NYC e sonhava em ser uma grande estrela de cinema
Foi a primeira Playmate e tornou-se amiga pessoal de Heffman até o final de sua vida
Passou por muitos anos obscuros, internando-se em muitas clínicas e tomando muitos depressivos



ACHO DIGNO:
O corpinho da bunita, numa época em que lipo-escultura era lenda
O corte ainda amplamente copiado
As dancinhas non-sense em seus números de burlesque
A enrrolação para tirar uma meia!

Pesquisa do texto: Wikkipédia