segunda-feira, 18 de julho de 2011

GONÇALO SALGUEIRO




AMOR DUMA HORA SÓ

Descalço corro as ruas noite fora
Caminhando, caminhando sem parar
Onde estas ó meu amor d´uma só hora 
Onde estás meu amor , para te abraçar

Esta dor que corre em mim cada segundo
Só pede á terra ao céu o teu abraço
Nada sou, nada mais tenho neste mundo
Meu amor, sem teu amor, sem teu regaço 

Grito ao vento pelo teu nome em solidão
Chora a noite nosso amor eternamente
Brotam lágrimas das pedras plo chão
Onde estás meu grande amor , amor ausente 

Não te alcanço, não me encontro, desespero
Vou voltar á liberdade indesejada
Preso ao mundo onde apenas por ti espero 
Sem amor, sem teu nome , sem ter nada 

Letra de Gonçalo Salgueiro / Musica de Alfredo Marceneiro
 




GONÇALO SALGUEIRO nasceu em Montemor-O-Novo (Alto Alentejo) a 7 de Novembro. 
Aos 17 anosveio para Lisboa para cursar Relações Internacionais, na Universidade Técnica de Lisboa. Deu, também,entrada no Conservatório Nacional de Lisboa, na área de Canto, mas continuaria a ser aluno particular daProfª. Cristina de Castro.Ainda em Montemor-O-Novo, e fazendo parte do "Coral de S.Domingos",participa nas Obras "Da Pacem Domine" e "Mare Fatum Est". 

Canta pela primeira vez Fado, em público, a convite de Maria da Fé, no Restaurante "Senhor Vinho".Em Junho de 1999 actua a convite da Faculdade de Motoricidade Humana, no Jantar de Encerramento do "XIV International Association for the Child’s Right to Play", no Museu de Marinha, Lisboa.Em Setembro de 99, canta pela primeira vez na sua terra natal actuando na "Noite de Fados" da Expomor/Feira da Luz.Desde Abril de 2000 a Julho 2001, e a convite do encenador Filipe LaFéria, entra para o Musical"Amália", como cantor/actor, no papel de Eduardo Ricciardi e interpretando "Aïe, mourrir pour toi", em dueto com Alexandra, o que lhe valeu o reconhecimento da critica e do público. 
Sob a direcção do MaestroFernando Correia Martins, e numa edição da SPA/Strauss, participa ao lado de Lia Altavilla, FernandoSerafim, Olivia e Marina Mota no CD comemorativo dos 150 anos sobre o nascimento do compositorThomaz Del-Negro.
 A convite de João Braga, canta na noite de homenagem a Amália Rodrigues, frente àIgreja de S. Vicente de Fora, espectáculo transmitido, em directo, pela TVI; canta no Coliseu dos Recreiosde Lisboa e em Santa Maria de Feira. A convite de Maria Ana Bobone apresenta-se na RTP Internacionalno programa "Fados de Portugal".
Os convites sucedem-se e o caminho estava aberto. Em Março de 2002 assina contrato com a editoraStrauss e grava o seu primeiro álbum a solo "…No Tempo das Cerejas", uma assumida homenagem aAmália Rodrigues.
 Ainda em 2002 (Maio), é convidado pelo musico/compositor José da Ponte a gravar"Lusitana Paixão" da telenovela com o mesmo nome para a RTP-Radiotelevisão Portuguesa. 

Em Setembro,e a convite de Júlio César, estreia-se no Salão “Preto e Prata” do Casino Estoril no grande espectáculo musical"Egoísta" onde permanece até Fevereiro de 2004.
 Em 2003 dá inicio aos preparativos dum novo álbum.
Durante 2005 efectua Concertos a solo e integra vários espectáculos por todo o país e estrangeiro.Em 2006 é editado o cd “Segue a minha voz”, com a presença dos poetas Camões , Florbela Espanca,David Mourão-Ferreira , Natália Correia e ainda Ary , Amália e Pedro Sena Lino, passando por JorgeFernando, que também é produtor e responsável musical, até ao celebrado Pablo Neruda.
2007 – Gonçalo Salgueiro é convidado pelo encenador Filipe La Féria a protagonizar, no musical de Tim Rice e Andrew Lloyd Webber -  “Jesus Cristo Superstar” -  o papel de Jesus Cristo.
 Estreado a 16 de Junho, no Teatro Rivoli (Porto) a critica e o publico são unânimes : Gonçalo Salgueiro é “o” Jesus que emociona pela magnífica interpretação e soberba voz.
Em Dezembro de 2009 o terceiro CD, GONÇALO SALGUEIRO é lançado, com vários poemas do próprio Gonçalo. 

fonte: gonçalosalgueiro.com

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Baby Face, serpente de luxo. (FILM REVIEW)



Baby Face (Serpente de luxo ) é um filme de 1933, dirigido por Alfred E. Green. Barbara Stanwyck interpreta uma amoral alpinista social que utiliza o sexo como arma, em uma obra carregada de sexualidade que não se viu por décadas em Hollywood.
Barbara está no auge de sua beleza e talento, e encara a diabólica Lily powers com muita verdade,  e os figurinos que ela desfila pelo filme são de perder o fôlego uma escolha brilhante de Alfred Green
SINOPSE:
Lily Powers é explorada pelo pai negociante de bebidas ilegais em Erie (Pensilvânia), que a faz se prostituir desde os quatorze anos de idade. O único homem que Lily respeita é um velho professor de filosofia, que lhe dá livros de Nietzsche para ler. Quando o pai morre num acidente na destilaria, Lily resolve ir até Nova Iorque acompanhada apenas de sua fiel criada negra. Ao avistar um imenso prédio de um banco, ela o escolhe para começar ali a sua ascensão social, aplicando a sua maneira o que aprendera nos livros. Dormindo com todos os homens que considera importantes para alcançar seus objetivos, Lily acaba provocando um escândalo que abala o alto escalão da empresa. Para preservar a imagem da instituição, o presidente playboy do banco Courtland Trenholm a manda para a filial em Paris, achando que ela logo deixará o emprego. Mas Lily continua no cargo e se reencontra com Courtland, quando percebe a chance de seduzi-lo também.

























Censura:
A cópia original foi censurada em 1933, e uma segunda versão teve de ser editada para a estréia, novas cenas foram filmados e diálogos alterados. A versãooriginal ficou perdida até 2004 quando quando foi descoberta (George Willeman recebeu o crédito por isso). A versão apareceu no Festival de Cinema de Londres em novembro de 2004. Em 2005 foi selecionado para preservação pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidose foi nomeado pela Time.com como um dos 100 melhores filmes dos últimos 80 anos.

"Uma mulher, jovem e bonita como você, pode conseguir qualquer coisa que desejar no mundo. Isso porque tem poder sobre os homens. Mas deve usar os homens, não ser usada por eles. Você deve ser o mestre, não o escravo. Veja aqui — Nietzsche escreveu, "Toda vida, não a matéria como nós a idealizamos, não é nada mais nem menos do que exploração." E é o que eu digo a você. Explore a si mesma. Vá para a cidade grande onde você encontrará oportunidades! Use os homens! Seja forte! Desafiadora! Use os homens para conseguir as coisas que você quer!"
(trecho de uma das falas censuradas)



















Nome: Baby Face/ Serpente de luxo
Direção: Alfred E. Green
Ano de produção: 1933
Pais de origem: EUA
Com: barbara Stanwyck e George Brent
Duração: aprx: 95min

segunda-feira, 11 de julho de 2011

"As Brumas de Avalon" Book Review



Estou relendo a série “As brumas de Avalon”  o primeiro contato que tive com a obra foi aos 13 anos, lembro-me que li todos os quatro livro em dois meses, mas achava uma leitura difícil com muita palavras novas e seqüências narrativas longas demais, Hjj com 24, estou simplesmente devorando a série novamente.
“The mists of Avalon” como no original em inglês é uma obra de 1979 da escritora estadunidense Marion Zimmer Bradley. É ambientada na antiga Bretanha durante a vida do lendário Rei Arthur e seus cavaleiros e tem por obrigação narrar a já conhecida lenda arturiana a partir de uma outra perspectiva. Quem protagoniza a história, nesta versão, são as personagens femininas, tais como Guinevere (esposa de Arthur), Morgana(meia-irmã), Igrain(mãe e duquesa da Cornualha), Viviane (tia e sacerdotiza de Avalon), o que acabou resultando na reelaboração de todo o universo mítico da trama.
Toda a trama Arturiana tem como pano de fundo a situação política da época, como a invasão dos saxões nas costas da Bretanha e também a ploriferação do cristianismo em terras pagãs.


A série foi relançada no Brasil recentemente pela editora IMAGO

























“Os padres fizeram um juramento, a quatrocentos anos, antes mesmo que os romanos chegassem e tentassem conquistarnos, de que nunca se levantariam contra nós ou nos expulsariam com armas, pois estávamos aqui antes deles que eram suplicantes e fracos, cumpriram o juramento, sou obrigado a reconhecer, mas em espírito, nas suas orações, nunca cessaram de lutar contra nós, para que seu deus exppulsasse nossos deuses, sua sabedoria predominasse contra a nossa. Em nosso mundo Igraine, há espaço suficiente para muitos deuses e deusas, mas no universo do cristão- como dizer isto?-não há lugar para nossa visão, nossa sabedoria. No mundo deles ha apenas um deus; não só esse deus deve conquistar todos os outros deuses, como se nunca tivesse havido nunca outras divindades, e sim falsos idolos , obra do diabo, E isso para que, acreditando nesse deus único, todos os homens possam ser salvos nessa única vida. É assim que pensam. E o mundo é a projeção daquilo que os homens acreditam. Portanto os mundos que antes eram um só, estão agora se separando.”
Merlin, pág 25, livro I



A autora Marion Z. Bradley faleceu em 1999 mas deixou um verdadeiro
legado histórico contido nos seus livros.



























A obra foi dividida pela autora em quatro tomos. Na versão norte americana, encontramos todos os volumes num único livro.
O romance, além de narrar cerca de 70 anos ou mais (inicia-se quatro anos após o nascimento de Morgana e narra fatos dela já em idade bem avançada), explora fatos históricos preenchendo as lacunas ignoradas sobre a influência do paganismo e das mulheres na formação da Bretanha.
A homossexualidade tanto a feminina quanto a masculina, também é superficialmente abordada na obra. Lancelote declara explicitamente seu amor e desejo por Arthur e, em algumas passagens do livro, é feita uma insinuação de que Morgana mantém relações com a sacerdotisa Raven.


São estas as divisões
  • A Senhora da Magia
  • A Grande Rainha
  • O Gamo Rei
  • O Prisioneiro da Árvore
Estou com uma pilha enorme de livros para ler e produzindo muito, mas mesmo assim, deixei todos os outros livros para tras e estou tentando me dedicar para a leitura de “As Brumas”
A versãoem película foi rodada em 2001, e conta com a espetacular Anjelica Huston como sacerdotiza da ilha sagrada, Joan Allen como Igraine, e Jullianne Maguilles como Morgana le Fey. A adaptação é bem fiel ao universo de Marion Z. Bradley mas como todo bom livro que vira filme....opte por primeiro ler a série e só depois assistir a adaptação no cinema.

fonte: Wikipédia

quinta-feira, 7 de julho de 2011

PORTIFÒLIO/ ALAIR GOMES e sua arte homoerótica

Alair de Oliveira Gomes (Valença, RJ, 1921 - Rio de Janeiro, RJ, 1992) foi engenheiro (civil e eletrônico), fotógrafo e professor, crítico de arte e cultura.
 Apesar de sua atuação intelectual em várias áreas, hoje em dia seu nome é mais conhecido pelo trabalho como fotógrafo, especialmente devido às fotos de corpos masculinos seminus, tiradas nos anos 70 e 80, com carga homoerótica. Hervé Chandès, diretor da Fundação Cartier para a Arte Contemporânea, afirmou, em 1991: “Em nus masculinos, não há nada hoje comparável no mundo da fotografia ao trabalho deste brasileiro”.



























Seus primeiros contatos com uma câmera fotográfica ocorreram em 1965, durante uma viagem à Europa, quando um amigo lhe emprestou uma Leica. Entretanto, com intenções mais amplas, a primeira incursão na fotografia ocorreu com a compra, no ano seguinte, de sua primeira câmera. Foi em 1966 que o artista começou a aventurar-se na fotografia de rapazes na rua, produzindo longas sequências que o tornariam um dos precursores do homoerotismo fotográfico no Brasil.
Essas fotos de rapazes nas praias do Rio, especialmente as produzidas entre os anos 70 e 80, são hoje o trabalho mais conhecido de Gomes. A maioria dessas imagens foram obtidas secretamente, a partir de seu apartamento, situado no sexto andar de um prédio da Rua Prudente de Moraes, em Ipanema, e cujos fundos propiciavam uma vista para a praia. Apenas uma minoria das fotos eram posadas, a pedido do artista. Apesar de as fotos com o tema do corpo masculino serem hoje sua faceta mais conhecida, seu trabalho fotográfico abrangia também muitas paisagens, vegetais, celebridades e cenas do carnaval. Suas fotos também retratam aspectos da época, do bairro de Ipanema, em tempos bem menos massificados do que hoje em dia.




fonte: Wikipedia


quarta-feira, 6 de julho de 2011

Flamenco de Carlos Saura/ REVIEW



SEguindo os tradicionais, Amor Brujo e  Bodas de Sangre , o mestre espanhol, Carlos Saura lança em 1995, o maravilhoso , filme documental Flamenco. Munido de um corpo de baile de peso que mistura as técnicas da dança folk de Andalucia com influencias gregas lamentos judeus e ritmos africanos, exelentes músicos acompanham os 30 segmentos de dança   e figurinos coloridos contrastados num amplo espaço cênico, o diretor desenvolve durante quase as 2 horas de filmes as mais lindas coreografias, o filme é imperdivel para os amantes da dança, da música flamenca e claro, para os cinéfilos, sempre atentos a cada detalhe do mestre espanhol

Título: Flamenco
Ano: 1995
Pais:Espanha
Direção: Carlos Saura
Duração: 110 min
Com: Merche Esmeralda e Manolo Sanlúcar

terça-feira, 5 de julho de 2011

Amália Rodrigues sings,"Fado Amália".



Amália
quiz Deus que fosse o meu nome
Amália
acho-lhe um jeito engraçado
bem nosso e popular
quando oiço alguém gritar
Amália
canta-me o fado
Amália
esta palavra ensinou-me
Amália
tu tens na vida que amar
são ordens do Senhor
Amália sem amor
não liga, tens de gostar
e como até morrer
amar é padecer
Amália chora a cantar!
Amália
disse-me alguém com ternura
Amália
da mais bonita maneira
e eu toda coração
julguei ouvir então
Amália p'la vez primeira
Amália
andas agora à procura
Amália
daquele amor mas sem fé
alguém já mo tirou
alguém o encontrou
na rua com a outra ao pé
e a quem lhe fala em mim
já só responde assim
Amália? não sei quem é!