Hiroshima mon amour é (na minha opinião a obra máxima de Alain Resnais) foi concebido inicialmente para ser um documentário sobre a bomba atômica, mais tarde foi brilhantemente roterizado por Margueritte Duras.
A ação se passa em Hiroshima, 1959, 14 anos após a bomba, a cidade já parcialmente reconstruída, uma atriz francesa está filmando na cidade, sua participação na produção já está chegando ao fim, então, um dia antes de partir ela conhece um jovem arquiteto japonês e juntos eles vivem uma torrencial noite de amor, a intensidade do encontro à faz lembrar de seus amores e dramas do passado, suas antigas crenças e suas emoções afloram na pele de uma maneira devastadora, á ponto que ela questiona se deve seguir seu coração e ficar para sempre no japão.
A trilha sonora é impecável, a fita é dividida entre momentos de diálogos de puro lirismo e cenas extremo-realistas com imagens pesadas de vítimas japonesas. Os cortes são precisos e a interpretação é valorizada em takes(as vezes) longos demais, o que não chega a incomodar pois as atuações são maravilhosas, Emanuelle Riva por exemplo consegue dar o texto com um inacreditável afastamento sem perder as expressões detalhadas da personagem.
É um filme que não envelheceu com o tempo, e que merece ser visto, por seu vanguardismo (um dos primeiros Nouvelle Vague) e por sua força.
Ficha técnica
Nome:Hiroshima mon amour
Pais:frança/Japão
Ano de produção:1959
Direção:Alain Resnais
com:Emanuelle Riva e Eji Okada
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